As ruas, um formigueiro humano. A 25 de março, o nosso shopping a céu aberto, ferve em dia de chuva. As árvores revestidas de milhares de lampadinhas cintilantes. As gentes, numa correria, atrás de coisas pra comprar. Vai-e-vem alucinante. Nem parece que é só o fim do ano. Mais parece que é o fim do mundo.
A gana de consumir. A ânsia de se entupir. Desejos descontrolados. Mas não é só isso não.
Nos viadutos, crianças, homens e mulheres imundos. Cachorros abandonados, esfomeados e querendo atravessar a rua. Os cristos do cotidiano. Carros velozes, motoristas ferozes. E segue homem-tração puxando sua carroça abarrotada do que sobrou por aí.
No rádio, na TV e nos jornais, muita notícia de irmãos flagelados. A natureza se vingando. As águas inundando. A correnteza levando tudo. Natal dos contrastes.
E pensar que, há mais de dois mil anos atrás, nascia o aniversariante, que hoje em dia nem sequer é muito lembrado não. Ele que nasceu num pasto, dormiu num cocho e era de uma família sem teto.
"Não espere o Natal chegar para refletir sobre a bondade, amor, paz, amizade, esperança, fé, sinceridade, verdade, sabedoria e união".
l.izabel@
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oI Suely, tudo bem?
boa tarde, adorei sua cronica, me fez refletir
bjs..