sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
sábado, 10 de dezembro de 2016
quinta-feira, 1 de dezembro de 2016
terça-feira, 15 de novembro de 2016
terça-feira, 8 de novembro de 2016
Lírica do olhar
Lírica do olhar
Quadro verde
se te vejo azul
ou água
te vejo?
que esperas
que te demos
mais do que
já és?
(Carlos André)
🖼
..............................
Olhares líricos
Tantos
Transmutações
Encantamentos
Cintilaram alegrias
Replicaram poesia
Refrigério em minh’alma
(Suely Schraner)
📖
.............................................
Na eternidade o espírito
sempre nos saúda com festa
É místico e se aloja em movimentos nos poros.
Ao anoitecer se deita na plenitude.
(Joana Vieira)
🌌
.....................................................................................
Importante prédio
Arranha-céus
Cobrindo toda natureza
Luz dominando tudo
Concreto da vida
Surrealismo
Cativando seu mundo
Agitada São Paulo
Vivente avançando o espaço
Hegemonia da natureza
(Shissaê O.Yamada)
🌃🏙
................................................
A Deusa
O maior órgão da mulher é o útero
Através dele se gera a vida
Na vagina, onde a mulher sente orgasmo, o clitóris
Em muitas práticas nos países africanos,
as mulheres são mutiladas
pra impedir de ter qualquer satisfação sexual.
Há ainda muito preconceito contra as mulheres
Devemos fazer com que a mulher seja vista e não escondida
Sem a mulher, não se gera vida
Viva Nossa Senhora do Clitóris!
(Priscila Lima Oliveira)
☯
......................................................................................
Terras tenras
Meu Peru originário,
vazou meus ecos falsos,
em terras latinas.
Meninas de gritos libertinos,
Sou névoa nas pontas,
Com pontas tão áridas.
Povos pertencidos ínfimos,
Seus dedos apontam o vermelho sentimento.
Não temes vizinhos yankes,
e muito menos seus tanques.
Libertários irmãos de sórdidos tempos,
Vencidos com ternura nó amargura,
na ponta do futuro anil...
⛰
(Norberto Jr Do Valle)
terça-feira, 18 de outubro de 2016
Laercio
"Por não estares aqui
Estarás
Ainda que poesia"
(Carlos André)
Homem-tração
Ele e a carroça
Ela e o cão
Livres, soltos
Unha e carne
Carne e unha
Moradia? Onde deixam
Em tempos ruins,
conjugar com rato
em tubulação do córrego
A água que a gente bebe,
carrega um tanto deles
espasmos do existir
Vasculhar calçadas
Rua pra quê te quero
Viração.
Vira arte
mãos calejadas
gotejando poesia
em praça pública.
domingo, 2 de outubro de 2016
No espanto do sol
Botões eretos
Sabiá-laranjeira
Gorjeios
Apetites vis
Brotos de orquídeas devorados
Desejos num crescente
Latente
Musicais ais
Verdes, musgos, pedras
Concretas coisas acordadas
No espanto de sol primaveril
Sensações
Encantos mil
(Suely Schraner-02/09/2016)
segunda-feira, 26 de setembro de 2016
Coraçāo - casa da coragem
O dentro está fora
Bate, rebate, late
Arde enquanto demora
Pulsa/ Repulsa
Coisas empilhadas
Recalques
A culpa paralisante
Metade é o quanto vale
Rasteiras que a vida dá
Num átimo
Bunda no chão
Coração - casa da coragem
Fora mais que dentro
Peito -fera
Salta ciclos
Escanear a vergonha
Chorar significados
De vivas cores
Parir
Ressignificar
Enaltecer temores
De dorsais curvas
Do tempo
Antropofágicas vias
De prisão e rótulos
Auto-sabotagem
Experiências vãs
Mãos vadias
Crias
A paixão tem seus limites? Insana? Sana?
A poesia cura? Tem bons antecedentes? RG? CPF?
A ciência reconhece?
Desce dos andaimes do silenciamento?
Escrever não requer juízo
Salve-se quem puder
Fescenino
Fescenino
Entre gemidos, suspiros
O ar penetra e sai
Penetra e sai
Gorjeia em minh'alma
Transmuta-se
Tremores reversos
Alinhavos, conchavos
Nexus, Plexus
Decúbito ventral
Decúbito dorsal
Respiro
(Suely Schraner- 19/09/2016)
domingo, 21 de agosto de 2016
A rua que me vê ou eu que vejo a rua?
A rua que me vê
Chora significados
Ressignifica ruídos
Reaviva cores,
acordando amores
Emudece o frio
Transmuta brios
Regela pés
Endireita espinhas,
de dorsais curvas
Do tempo,
antropofágicas vias
Do âmago da poesia
Voou papéis, folhas
Mãos vadias
pétreas, frias
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
Sagrado
“ A fé não é crer no que não vimos, mas é criar o que não vemos”
–Miguel Unamuno, filósofo espanhol (1864-1936)
Para suportar o nada,
o não e também o nunca
o não e também o nunca
Louvo a tarde com a brisa
Louvo a fala como crise
Louvo a planta-poesia
Louvo louvar esse dia
De estar e conhecer
Ver, sentir, acontecer
Na potência de uma ideia
Vitalidade e instinto
Comer, beber e viver
Louvo o crepúsculo morrer
Pra parir um novo dia
O vinho à ferver sinapses
Embaralhando agonia
Louvo o fulgor de uma estrela
Cruzando a noite vadia
A potência da memória
No estertor da elegia
Sagrado:
válvula de escape
domingo, 31 de julho de 2016
O uivo ecoou
O uivo ecoou
nos segundos trôpegos
nas duras pisadas
levitados urros
do centro da mesa
redonda
livros -
montanhas
idéias escaladas
folheadas
de páginas, libertas
falas
olhares, ousadias
caras
chilreios de pássaros
sob sol sagaz
poesia nua e crua
nem cânones
nem opressão
na segunda fui feliz
pulsação na trilha
trajeto
beatitude
quinta-feira, 21 de julho de 2016
Ganhei um livro
É o que dizem as pesquisas
Bibliotecas são sisudas. Quem chega lá, ou é para estudar ou para fazer pesquisas. Tudo por obrigação.
É o que dizem as pesquisas
Esmolas financiam o uso de drogas das crianças em situação de rua.
É o que dizem as pesquisas
Crianças e adolescentes arriscam suas vidas com trabalho infantil e mendicância nas ruas.
A ONU Brasil, falou que são cinco milhões nessa condição. O IBGE não contou. Mistério.
Fogem de casa por conta de violência doméstica e o” escambau”.
Pequenos refugiados urbanos na cidade de São Paulo
É o que dizem as pesquisas
A mais cosmopolita de todas?
Cultural? Maior centro financeiro?
É o que dizem as pesquisas?
Daí que ele chegou e pediu um dinheiro.
Eu só tinha um livro
Ofereci
Ele pegou, olhou e sorriu
Saiu saltitante e gritando pros amigos debaixo do viaduto:
“ganhei um livro, ganhei um livro, ganhei um livro”!
Do desterro pra glória, da agonia para o êxtase
O quê mesmo querem dizer as pesquisas?
terça-feira, 12 de julho de 2016
Brilha, brilha, brilha
sábado, 9 de julho de 2016
Do eu e da praça
Eu sou o inseto errante a acertar na mesa, do lado do livro.
Aqui ouvindo Walt Wittmann, navego em sons de pedras de dominó de velhos jogadores.
Sob o baque abafado de cartas de baralho, respiro verde e monóxido de carbono dos escapamentos vis.
Carros resvalam no asfalto carente de tardes vadias.
Na roda do carrinho do bebê, navega meu ego em poesia concreta, a espera de ninares.
No ronco dos motores deito a pena das formigas. O inseto que há em mim louva livros.
No ronco dos motores deito a pena das formigas. O inseto que há em mim louva livros.
Do meu âmago, despertares.
Cantares, falares, olhares, calares.
Cantares, falares, olhares, calares.
sexta-feira, 24 de junho de 2016
Versos e reversos
Palavras no silencioso caminhar. Caminhar pelas praças e
ruas com toda palavra. Palavra que mora na gente, nas coisas, nas sensações a
espera do despertar. Despertar no cheiro ácido do abacaxi de cinco dinheiros.
Dinheiros como as águas poluídas num quase silêncio. Silêncio de olhos cheios
de claridade. Claridade do sol que banha a gente na paisagem que se abria num
catálogo de sons. Sons calados no amontoado de ruídos do mundo. Mundo que
acolhe seus talentos como quem colhe diamantes. Diamantes das franjas do sol
sol filtrado sob as árvores. Árvores
pejadas de poesia. Poesia-fruto em passos largos de solidão da paternidade em
seu pedal frio. Frio das aves ausentes. Ausentes da procissão de carros. Carros
parados no sinal da esquina da farmácia. Farmácia que ignora a viatura da
polícia, o resgate, a doença e o risco. Risco que a rota das folhas conhece bem
em meio ao lixo da relva. Relva na praça sem criança. Verdade, mentira. Mentira
que afaga vergonhas e abranda temores. Temores, lágrimas, suor e graça na
poeira de São Paulo. São Paulo a senha pra fruição, amores, desamores,
quereres. Quereres num sol forte em fim de tarde como o trapezista do circo
saltando no espaço sem rede de proteção. Versos e reversos.
quinta-feira, 2 de junho de 2016
O silêncio fala
Um admoesta. Outro escamoteia.
Nem muito longe, ronco de motores dividem o asfalto com
nosso fôlego curto.
Passos largos.
Na poeira do vento, esgar e advertência. Espiritual.
Vozes do além, de
união, em fé incondicional.
Amalgamados silêncios
Ideias soltas ao vento
Toc-toc de pedras tilintando concretos dominós
Plaft-plaft abafado das cartas embaralhadas em tarde que se arrasta.
Farfalhar
de folhas secas sob pés surdos do
existir Sussurros ao pé do ouvido em bocas de casal. Ela sonha com um casaco
barato que abrace braços cálidos de amor
sem fim.
Pigarros visam escapar de gargantas rasas de inflamação.
Danação.
Enquanto isso, meus olhos contemplam a beleza dos desejos
projetados em silêncio e arte.
Assinar:
Postagens (Atom)