Os ruídos. Os motores. O pulso da vida.
Mecânica.
O existir na oficina.
Na estação dos calores, entre mesas, cadeiras.
As gentes.
Latidos em backing vocal.
Fim de dia. Estação dos calores.
Noite de lua.
Carnaval.
No recitar e nas artes, a graça é canina.
Um laço ata-se ao pescoço como a fidelidade e amizade ata-se ao dono.
Abana o rabo com o coração. Um rabo feliz. De criança festiva.
E salta e corre. Aos pulos, ziguezagueando pelo salão.
Entre humanos, tantos.
Um afago aqui outro ali.
Tátil aconchego.
Senhora do sofá da casa.
Paladar de não ração. O pulso do querer.
Focinho empinado. O faro da descoberta, à mil.
Não tem um dono. Ele é que a tem.
Isso é Clamarte.