domingo, 27 de maio de 2012

Zé Pretinho




“Aquele arbusto fenece, e vai com ele parte da minha vida. Em tudo quanto olhei fiquei em parte. Nem distingue a memória do que vi do que fui”- Ricardo Reis.

 
Seu ateliê é uma cerca a instigar as retinas de quem passa. Sempre trabalhou com jardinagem. Sofreu na pele o que é não ter um brinquedo. Faz a ressurreição das bonecas. Neste cenário surreal, centenas de bonecos representados por celebridades: de Lady Gaga a presidente Dilma. Todo brinquedo jogado, vira arte.



Um convite a crédulos, incrédulos, cristãos e prosélitos a celebrar esta colheita inusitada. Instiga olhares que passam, a repensar os excessos de consumo e geração de lixo.

Capaz de reconstruir a própria vida revolvendo a terra, catando lixo e fazendo arte. Menininho, nunca teve brinquedo. Sonha com uma loja onde os possa vender bem baratinho.

Na era do lixo e estado dos seus produtores, ficamos sabendo que o que descartamos é mais do que o ambiente pode suportar.
 

Desovamos tanta coisa! São agora 5Rs a defender uma mudança de comportamento em defesa da preservação,da conservação do meio ambiente e dos recursos naturais: reduzir (consumo), reutilizar (utensílios, embalagens), reciclar (resíduos) recusar (o que não é necessário) e repensar (nossas atitudes).

A responsabilidade de solucionar os problemas da comunidade é também do indivíduo que nela habita. No terreiro do Zé Pretinho, que fica na Vila Eldorado, alguns não resistem e param para fotografar. Ele conta que dia destes, uma “gringa” que o visitou, disse que seu terreiro é um lugar bucólico. Gostou da palavra e correu ao dicionário que sempre mantém por perto. Faz arte e gosta de aprender.









Ele é Elenilde Domingos da Silva,nasceu no interior de São Paulo e suas obras estão também no museu de Diadema.

O Museu de Arte Popular situa-se na Rua Graciosa, nº 300, no Centro de Diadema-SP.Fica aberto de terça a sexta, da 13h às 19h, e aos sábados, da 13h às 18h. A entrada é gratuita.