segunda-feira, 13 de março de 2017

Da janela






Da janela

Vida passa
Olhar navega 
em nuvens lamurientas
Pássaros pousam no olhar de chaminés atônitas

Vida voa 
Veloz na alegria 
No vagar da agonia

Da janela  da alma,  
a noite beija a lua, afaga as folhas
Árvores acariciam  águas da represa
Alvorada
Na janela do coração
Lampejos  de vida
Esparramar de  sol 
Em retinas velhas de guerra

Vida que segue
colibri de outono 
existências

No cantar da chuva doce 
e no estalar de trovões
mansidão do orvalho,

Alvorada
Avistar de maritacas 
trapezistas do amor

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