Era manhã e parecia noite. Entretanto, o céu era brilhante
entre azuis de miosótis e vermelho paixão. Rostos imensos, imaculados espocavam
pelos ares. Os lábios se moviam e nada
diziam.
Gravidade zero.
Vacas esvoaçando ao lado de passarinhos agitados. Prédios e
borboletas pairando no ar. Ondas verdes de mares infinitos elevados.
Baleias e golfinhos alados. Homens, mulheres e crianças, lado a lado. Brincadeiras de “super-homem”.
Cabeças a velejar pelo fim do mundo anunciado.
As árvores e jardins, finalmente libertados. Raízes tremulantes no
horizonte a bailar.
Vidas insuportáveis se suportando. Estabilidades desorganizadas. Clarões. Tudo girando em círculos.
Redemoinhos vitais, virtuais.
Civilização à beira da noite em meio a batkuns . Nenhum
batikundun.
Mudanças cósmicas. Fim
deste mundo cíclico. Redenção.
Passagens para estágios superiores. Renovações
apocalípticas. Dias melhores a cintilar. Que venha novos ciclos.
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